Para inaugurar essa serie de artigos sobre comportamentos ágeis, escolhi a dedo um tema que considero crucial: como encarar um MVP (Minimum Viable Product). Sempre acreditei que o sucesso de um produto é, na melhor das hipóteses, uma aposta até que ele seja colocado à prova no mundo real. A mágica acontece quando conseguimos lançar algo funcional, ouvir os usuários e melhorar rapidamente. Fiquei muito feliz quando Eric Ries, em The Lean Startup, deu nome a essa abordagem. Mas confesso: quanto mais o conceito se popularizou, mais vi ele sendo mal interpretado e, pior ainda, mal aplicado.
Vamos alinhar o básico: o “mínimo” do MVP e o mínimo necessário para testar o produto em um ambiente real, com clientes reais. Parece óbvio, né? Mas é aí que mora o perigo. Coisas como “um design mais bonitinho” ou “uma funcionalidade mais fluida” podem ser tentadoras, mas raramente fazem parte do mínimo. Cada detalhe adicional significa mais tempo de desenvolvimento e atraso no lançamento. E lembre-se: o objetivo do MVP não e ganhar um prêmio, mas sim aprender rápido e com eficiência.
Isso não quer dizer que você deva ser relaxado e lançar algo que pareça feito no susto. O comportamento que quero combater e o exagero não planejado – aquele instinto de colocar “so mais um detalhe” sem avaliar o custo disso. Pergunte a si mesmo: “Se eu não tivesse como implementar essa característica, o produto ainda poderia ser lançado?” Se a resposta for sim, parabéns! Você encontrou seu MVP.
Lançar um MVP o mais rápido possível é como ganhar um bilhete para o mundo do Data Driven. Você sai do achismo e entra no terreno da evolução contínua, com decisões baseadas em dados reais e feedbacks concretos dos usuários. Quanto mais cedo o MVP for para o mundo, mais cedo você começa a construir algo relevante de verdade.
Ah, claro! Este artigo é o meu MVP para a série “É Ágil ou Tá Frágil?”. Então, faça o papel do cliente real: deixe seu comentário, critique, concorde, discorde … quanto mais feedback, melhor! Vamos construir juntos?